DUAS GRANDES VIAGENS

Na verdade este blog não é o relato de uma viagem ao Peru, mas de duas jornadas inesqueciveis a este país mágico e misterioso.
Em 2010, pacote de viagem de ônibus saindo do RS, passando pelo norte da Argentina, norte do Chile e sul do Peru até Cusco.
Em 2011, mochila nas costas, ônibus até a fronteira em Corumbá no Mato Grosso do Sul, Bolívia de trem e ônibus até La Paz e depois mais ônibus até Cusco no Peru.
Nas duas vezes fomos a Machu Picchu de trem como destino final.




NAVEGAÇÃO NO BLOG

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28 de Janeiro - Sexta-feira

Pela manhã, no trem, já começaram os vendedores com sanduiches e café. Comemos bolachas que compramos em Quijaro, mas que eram feitas no Mato Grosso do Sul e café ouvindo Vicente Fernandez e seus clipes.

Chegamos em Santa Cruz de La Sierra, batemos fotos e compramos passagem para La Paz as 14 horas com chegada prevista para as 6h da manhã. Fomos ao banheiro, internet, lanche e decidimos ficar ali mesmo no terminal esperando o ônibus descansando e observando o espetáculo e a diversidade que o ambiente proporcionava.

Almoço: sopinha bem reforçada “sin mirar La cocina” preparação para subir as montanhas durante a noite.
Banho em Santa Cruz só se for frio. Faz muito calor aqui e não tem chuveiros quentes. Improviso e criatividade ajudam nestas horas. Faz-se o possível na pia do banheiro e utiliza-se lenços umedecidos, paninhos, perfume e troca-se de roupa. Para quem vai subir para La Paz é melhor se agasalhar bem.
O Terminal Bimodal de Santa Cruz é algo muito interessante. Aqui cada empresa de ônibus tem um “bretezinho” onde alguém fica gritando anunciando as linhas, as passagens para os ônibus que já vão sair. No mesmo lugar se compra a passagem, se despacha as bagagens e nos fundos já é o embarque.
- Sucre, Sucre, Sucre, Sucre... – Camiri, Camiri, Camiri... – La Paz a La Paz, La Paz a La Paz...
Muitos estrangeiros, cholas, crianças e brasileiros também. Uma verdadeira diversidade de povos e línguas.

O tal “Bus-Cama” é muito confortável, são só três filas de acentos, o que dá mais espaço para os lados e o corredor. É muito espaçoso, confortável e é panorâmico. Não tem ar condicionado, mas o tempo tá ajudando, venta bastante aqui. As estradas são movimentadas, mas em boas condições. Quanto? 170 bolivianos, ou seja, mais ou menos R$63,00. A empresa se chama Copacabana.

Continuamos rodando na planície e a Bolívia aqui é verde e produz muito como o Brasil.
Lá pelo 35º cochilo, já é madrugada e começamos a serpentear no escuro de uma noite nublada, subindo, subindo,subindo.
Cochabamba não vi passar nem placa. De manhã, bem cedo, já meio atordoado pela altitude, já estávamos no altiplano e La Paz se aproximava.

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