Depois as visita aos Gêiseres, e de um dia maravilhoso em Calama, onde fizemos compras e curtimos a cidade chilena no meio do deserto, partimos na manhã seguinte.
Passamos novamente pelo deserto de Atacama, e pudemos visualizar novamente, bem de perto o vulcão Licancabur, imponente e adormecido, do lado esquerdo da estrada.
As cores quentes, amareladas, avermelhadas do deserto em determinado trecho começaram a se contrastar lindamente com o branco da neve no alto das montanhas distantes. Segundo nossa guia fenômeno raro no mês de janeiro nesssa região. Alguns lugares também apresentavam extensas salinas no plano abaixo das montanhas. Mais para frente, para se somar ao belo colorido, um lago refletiu essa composição impecável da natureza. Nenhuma máquina fotográfica seria capaz de reproduzir tal beleza e perfeição.
Depois de horas de paisagens belíssimas, passamos pela fronteira entre Chile e Argentina, sem problemas desta vez.
Avançando no meio do Deserto Argentino, passamos novamente pelos grandes salares, imensos e brancos, parecendo que havia chovido por aqui desta vez.
Descemos muito e fomos parar em Susques, onde havia chovido muito no dia anterior e segundo soubemos depois, aconteceram tremores de terra, Abalos sísmicos de mais de 4 graus na escala Richter.
O almoço foi no mesmo lugar de quando subimos, antes da minha “crise de soroche”, restaurante e hosteria Pastos Chicos. Desta vez a comida não agradou ao povo: ravióli gigante e Capelete. –Tá pensando que é fácil agradar os gringos? Teve gente que devolveu a comida.
Depois do almoço, descemos, descemos e descemos...
Passamos pelo mesmo caminho de quando entramos na pré-cordilheira argentina, as estradas são muito boas neste trecho e as curvas, penhascos e vista são difíceis de descrever. Ao invés de fotografar, decidi filmar para tentar uma forma melhor de memorizar aquele espetáculo.
Aos poucos, voltam a fazer parte da paisagem os gigantescos cactos. Os “Guardiões do Deserto” como aqui são chamados. Imensos e imponentes diante da aridez.
A paisagem vai se esverdeando aos poucos, começando pelos vales e ao descer, tudo começa a voltar à normalidade, exceto pelas construções de tijolo de barro encontradas por muitos lugares destes três países visitados.
Campesinos cuidando de seus animais, muitos cavalos e, finalmente vacas cabras e ovelhas novamente. –Que bom ver as vacas novamente! Aos poucos as lhamas, alpacas e vicunhas deixam de fazer parte da paisagem.
Ainda não se vê água em abundância como em nossos rios do Rio Grande do Sul, apenas pequenos córregos no meio de largos canais secos que em alguma época do ano devem se encher um pouco mais.
Passamos novamente pelas formações rochosas coloridas nas proximidades do Cerro de los Siete Colores. As montanhas tem um colorido único, que lembram as cores das areias coloridas do Rio Grande do Norte e do Ceará com as quais se faz artesanato.
Ao invés de passar por San Salvador de Jujuy, desta vez fomos nos hospedar em Salta, cidade grande, capital da província, grande produtora de vinho.
Salta tem na entrada um teleférico que desce das montanhas até um parque muito animado e acolhedor cheio de crianças.
Ficamos em um hotel muito bonito, de frente para a praça central, cheia de turistas como a maioria das cidades que visitamos. As praças centrais cercadas de igrejas, restaurantes, locais de encontro de jovens mochileiros parecem ser uma característica comum da colonização espanhola aqui na América.
Ficamos pensando em como seria se Cachoeira do Sul tivesse um local assim, um ponto de encontro onde os jovens pudessem se reunir, sentar no chão, tocar seus violões e cantar sentindo-se cidadãos do mundo como acontece por aqui.
O movimento à tardinha é muito grande pelas calçadas, os motoristas são muito educados e param para os pedestres passarem.
Jantamos em uma pizzaria e fomos ao Supermercado comprar lanchinho para a próxima jornada.
Na manhã seguinte, fotografamos a igreja de São Francisco e entramos para rezar e refletir sobre toda essa aventura.
Sentamos na praça para absorver um pouco da vibração do local, trocamos Pesos Argentinos e dólares por “Reales”, tentamos almoçar antes de sair para a viagem de volta por 1900 quilômetros até Porto Alegre.
Saímos meio dia de salta, rodamos muito, paramos em um posto de tarde, bebemos cerveja e água mineral, pois o calor lá fora era de 41 graus.
Jantamos em um bufê legal na Província del Chaco que é uma região inóspita, muito quente e plana onde a vegetação é toda igual e parece espinhenta. Parece um cerrado, mais fechado e raquítico.
Passamos a noite viajando até chegar à fronteira Argentina/Brasil quando estava amanhecendo. Café da manhã em São Borja, almoço em Soledade com direito a feijão preto e carne bovina. –Que saudade do Rio Grande!
Em Lajeado, no meio da tarde, nos separamos dos amigos de Bento Gonçalves, Caxias, Flores da Cunha e outros. Seguimos em outro ônibus até Porto Alegre, onde chegamos 17h e 45 com muito calor. Corremos para a rodoviária para pegar o próximo ônibus para Cachoeira. A pressa impediu uma despedida mais calorosa. Talvez tenha sido melhor assim...
Tivemos nossa única baixa ao perder uma das mochilas com roupas importantes da Neila, alguns vidros de azeitona chilena, doce de leite argengtino e mais alguma coisa. Foi entre o estacionamento do Haudi Park e a Rodoviária. No ônibus mesmo, mandei e-mails para nossa querida guia Fabiane que havia se separado do grupo em Lajeado, para a Mario Tour e para a Galápagos solicitando ajuda para recuperar a bagagem.
No caminho ligamos para nossas mães para dar notícias e matamos a saudade da paisagem dos pampas ao entardecer.
...nos verdes pampas
do meu Rio Grande,
tudo é beleza,
não se sabe o que é tristeza,
vive alegre o coração...
Minha mãe ligou novamente para convidar-nos para comer algo em sua casa quando chegássemos. Foi uma Boa idéia.
A casa estava em ordem e havia um bilhete em cima da mesa escrito “Bienvenidos” deixado pelo meu cunhado João com umas flores. Na nossa casa, algumas teias de aranha, poeira e nada demais.
Termina a viagem, mas continua a busca eterna pelo conhecimento e por satisfazer a sede que o ser humano tem pelo desconhecido e pelo mistério.
Permanecerá sempre dentro dos nossos corações um grande carinho pelo grupo que nos acompanhou e em especial pela Fabiane: mais do que guia, mestra e guardiã em nossa vivência pelas terras altas do majestoso Império Inca.
Obs.:
Chegamos no sábado e na terça-feira já recebemos de volta nossa mochila enviada pela Galápagos pelo ônibus da UNESUL que faz a linha Porto Alegre - Cachoeira do Sul.
O DIA DOS GÊISERES - 27/01
Durante a viagem levantamos sempre muito cedo, mas no dia de visitar os gêiseres, foi ainda mais cedo. Nos chamaram às 3 horas e 30 minutos para sair sem tomar café, direto para a estrada. Uma agência de turismo local nos levou ao Complejo Turistico Taito Mallku que é um parque geotérmico.
Fomos em um microônibus e uma van e o guia se chamava Victor, um peruano de Arequipa que morou seis anos em Santa Catarina. Muito maluco, mas competente e dominava muito o assunto.
Levamos mais de duas horas até chegar lá e tivemos até pneu furado pelo caminho. Muitas pedras na estrada e subindo até mais de 4000 metros de altitude.
Assim que chegamos à entrada do parque para ir ao banheiro antes de entrar, já se podia enxergar de longe as fumacinhas brancas dos diversos gêiseres.
Chegamos perto e ficamos impressionados com a beleza. Vários tipos de gêiser, cores muito vibrantes no solo perto de alguns, vapor levantando bem alto e molhando o povo que olhava impressionado.
Estava muito frio, acho que a temperatura estava perto de 8 graus negativos e os guias contaram que da última vez fazia 15 graus negativos. Todos entrouxados, mas encantados com aqueles exóticos fenômenos.
Depois de visitarmos alguns e recebermos as explicações sobre os diferentes tipos, fomos para o café da manhã.
Cada grupo tinha uma mesa posta com sanduiches, sucos, café, leite, bolinhos, e até ovos cozidos no calor dos gêiseres.
Depois do café seguimos para as piscinas naturais de água vulcânica com temperaturas de 25 a 40 graus e onde muitos tomaram banho.
Apesar de termos ido preparados para o tal banho, não tivemos coragem de enfrentar o frio. Pensávamos na hora de sair da água e além disso, era meio complicado trocar de roupa no relento. O sol começava a sair, e o frio já diminuía, mas mesmo assim não deu.
Tiramos mais fotos perto dos banhistas e depois retornamos ao microônibus.
Voltamos recebendo mais explicações do Victor, agora sobre a fauna local. Conseguimos fotografar vicunhas e um roedor que lembra uma espécie de coelho que vive por lá nas pedras. Tivemos mais um pneu furado e demoramos muito pra chegar de volta ao hotel.
Almoçamos no centro, perto do hotel e depois fomos dormir um pouco pra recuperar as energias.
A tardinha fomos a pé ao shopping onde compramos azeitonas, aspargos, palmito, champignon, azeite de oliva e depois fomos fazer um lanche. Não compramos vinhos chilenos que estavam com ótimo preço, pensando no peso que teríamos que carregar.
Encerramos assim, mais um dia de aventura, preparando as malas para a próxima jornada de volta a Argentina.
Mario Vidal, Chile, Calama, 27 de janeiro de 2010
Fomos em um microônibus e uma van e o guia se chamava Victor, um peruano de Arequipa que morou seis anos em Santa Catarina. Muito maluco, mas competente e dominava muito o assunto.
Levamos mais de duas horas até chegar lá e tivemos até pneu furado pelo caminho. Muitas pedras na estrada e subindo até mais de 4000 metros de altitude.
Assim que chegamos à entrada do parque para ir ao banheiro antes de entrar, já se podia enxergar de longe as fumacinhas brancas dos diversos gêiseres.
Chegamos perto e ficamos impressionados com a beleza. Vários tipos de gêiser, cores muito vibrantes no solo perto de alguns, vapor levantando bem alto e molhando o povo que olhava impressionado.
Estava muito frio, acho que a temperatura estava perto de 8 graus negativos e os guias contaram que da última vez fazia 15 graus negativos. Todos entrouxados, mas encantados com aqueles exóticos fenômenos.
Depois de visitarmos alguns e recebermos as explicações sobre os diferentes tipos, fomos para o café da manhã.
Cada grupo tinha uma mesa posta com sanduiches, sucos, café, leite, bolinhos, e até ovos cozidos no calor dos gêiseres.
Depois do café seguimos para as piscinas naturais de água vulcânica com temperaturas de 25 a 40 graus e onde muitos tomaram banho.
Apesar de termos ido preparados para o tal banho, não tivemos coragem de enfrentar o frio. Pensávamos na hora de sair da água e além disso, era meio complicado trocar de roupa no relento. O sol começava a sair, e o frio já diminuía, mas mesmo assim não deu.
Tiramos mais fotos perto dos banhistas e depois retornamos ao microônibus.
Voltamos recebendo mais explicações do Victor, agora sobre a fauna local. Conseguimos fotografar vicunhas e um roedor que lembra uma espécie de coelho que vive por lá nas pedras. Tivemos mais um pneu furado e demoramos muito pra chegar de volta ao hotel.
Almoçamos no centro, perto do hotel e depois fomos dormir um pouco pra recuperar as energias.
A tardinha fomos a pé ao shopping onde compramos azeitonas, aspargos, palmito, champignon, azeite de oliva e depois fomos fazer um lanche. Não compramos vinhos chilenos que estavam com ótimo preço, pensando no peso que teríamos que carregar.
Encerramos assim, mais um dia de aventura, preparando as malas para a próxima jornada de volta a Argentina.
Mario Vidal, Chile, Calama, 27 de janeiro de 2010
DE VOLTA AO CHILE - 24, 25 e 26/01
Deixamos Cusco cedinho, e partimos em direção de Arequipa no sul do Peru, segunda maior cidade do país. Levamos no ônibus um amigo chamado Juan, músico, psicólogo, educador e guia de turismo.
Ele nos contou um pouco de sua história de vida e tocou charango e flauta ao mesmo tempo. Muito legal!
Neilinha experimentando uma flauta feita de osso de lhama que foi o primeiro instrumento musical que o Juan ganhou de seu avô.
Neve pelo caminho novamente, temperaturas de dois graus negativos. As casinhas cobertas de branco.
Tínhamos planejado um piquenique pelo caminho, mas o frio e o vento fizeram com que o lanche fosse no ônibus. Foi legal mesmo assim.
Paramos em um lago imenso e lindo para tentar o piquenique, mas não deu. Até os Peruanos que tentavam vender seu artesanato desistiram de ficar ali.
A neve se intensificou e só foi parar quando começamos a descer os Andes.
Arequipa é uma cidade muito diferente, a periferia é muito pobre e sem cor, todas as casas parecem ser feitas de barro, tudo marrom da mesma cor do deserto peruano nessa região. Utiliza-se muita pedra vulcânica nas construções deste lugar.
Chegamos no hotel e logo saímos para conhecer um pouco desta cidade enigmática, fomos a praça de armas que é considerada a mais bonita do Peru. Realmente lindíssima, mas para mim Cusco imbatível. Conhecemos a igreja, assistimos ao arriamento da bandeira que é levado muito a sério por aqui, fizemos um lanche e fomos para o hotel.
O hotel era simples, mas muito convidativo e aconchegante, La Casa de mi Abuela. O café da manhã foi ao ar livre com direito a presença de passarinhos e o restaurante onde jantamos ficava dentro de uma antiga igrejinha que faz parte da propriedade.
Saímos de Arequipa e fomos em direção à fronteira entre Peru e Chile. Sabíamos que não seria fácil atravessá-la, pois muitos colegas de grupo haviam comprado artefatos de madeira proibidos na aduana chilena e uma das passageiras estava sem os documentos, pois havia sido roubada em Cusco.
Passamos depois de alguma espera pelas duas fronteiras e chegamos em Arica em tempo de ver novamente o por do sol no Oceano Pacífico, desta vez de dentro do ônibus.
Jantamos em um barzinho no calçadão de Arica, bebemos Ariquenha, a cerveja local e fomos muito bem atendidos por um garçom que pedia que ensinássemos Português a ele.
Na mesma noite saímos em direção a Calama, passamos a noite no ônibus e chegamos lá de manhã cedo, ficamos no hotel descansando um pouco, o mesmo hotel em que pernoitamos na ida e depois saímos em direção de San Pedro de Atacama, onde almoçarímos para depois seguir para o Vale de La Luna.
San Pedro de Atacama, é uma pequena cidade no meio do deserto do Atacama que lembra o velho oeste, porém cheia de mochileiros e turistas estrangeiros que chegam lá atraídos pela aventura no deserto mais seco do planeta, o céu mais limpo para observações astronômicas, e pelas belezas naturais e únicas do local. Mesmo sendo isolada e pacata, San Pedro de Atacama tem restaurantes com alto nível, a comida é muito gostosa e cara.
No Valle de La Luna, fizemos várias paradas, uma delas para entrar com todo grupo em um túnel natural entre as pedras do deserto. Foi radical! Todos conseguiram atravessar com segurança, a cooperação e solidariedade entre os componentes do grupo foi o ponto forte desta aventura.
Fizemos muitas fotos, pois a natureza naquele local é totalmente diferente de qualquer lugar que já tenha visto. –Parece outro planeta! Voltamos a Calama para jantar e no outro dia continuar a aventura pelo deserto.
Mario Vidal, Chile, Calama, 26 de janeiro de 2010
Ele nos contou um pouco de sua história de vida e tocou charango e flauta ao mesmo tempo. Muito legal!
Neilinha experimentando uma flauta feita de osso de lhama que foi o primeiro instrumento musical que o Juan ganhou de seu avô.
Neve pelo caminho novamente, temperaturas de dois graus negativos. As casinhas cobertas de branco.
Tínhamos planejado um piquenique pelo caminho, mas o frio e o vento fizeram com que o lanche fosse no ônibus. Foi legal mesmo assim.
Paramos em um lago imenso e lindo para tentar o piquenique, mas não deu. Até os Peruanos que tentavam vender seu artesanato desistiram de ficar ali.
A neve se intensificou e só foi parar quando começamos a descer os Andes.
Arequipa é uma cidade muito diferente, a periferia é muito pobre e sem cor, todas as casas parecem ser feitas de barro, tudo marrom da mesma cor do deserto peruano nessa região. Utiliza-se muita pedra vulcânica nas construções deste lugar.
Chegamos no hotel e logo saímos para conhecer um pouco desta cidade enigmática, fomos a praça de armas que é considerada a mais bonita do Peru. Realmente lindíssima, mas para mim Cusco imbatível. Conhecemos a igreja, assistimos ao arriamento da bandeira que é levado muito a sério por aqui, fizemos um lanche e fomos para o hotel.
O hotel era simples, mas muito convidativo e aconchegante, La Casa de mi Abuela. O café da manhã foi ao ar livre com direito a presença de passarinhos e o restaurante onde jantamos ficava dentro de uma antiga igrejinha que faz parte da propriedade.
Saímos de Arequipa e fomos em direção à fronteira entre Peru e Chile. Sabíamos que não seria fácil atravessá-la, pois muitos colegas de grupo haviam comprado artefatos de madeira proibidos na aduana chilena e uma das passageiras estava sem os documentos, pois havia sido roubada em Cusco.
Passamos depois de alguma espera pelas duas fronteiras e chegamos em Arica em tempo de ver novamente o por do sol no Oceano Pacífico, desta vez de dentro do ônibus.
Jantamos em um barzinho no calçadão de Arica, bebemos Ariquenha, a cerveja local e fomos muito bem atendidos por um garçom que pedia que ensinássemos Português a ele.
Na mesma noite saímos em direção a Calama, passamos a noite no ônibus e chegamos lá de manhã cedo, ficamos no hotel descansando um pouco, o mesmo hotel em que pernoitamos na ida e depois saímos em direção de San Pedro de Atacama, onde almoçarímos para depois seguir para o Vale de La Luna.
San Pedro de Atacama, é uma pequena cidade no meio do deserto do Atacama que lembra o velho oeste, porém cheia de mochileiros e turistas estrangeiros que chegam lá atraídos pela aventura no deserto mais seco do planeta, o céu mais limpo para observações astronômicas, e pelas belezas naturais e únicas do local. Mesmo sendo isolada e pacata, San Pedro de Atacama tem restaurantes com alto nível, a comida é muito gostosa e cara.
No Valle de La Luna, fizemos várias paradas, uma delas para entrar com todo grupo em um túnel natural entre as pedras do deserto. Foi radical! Todos conseguiram atravessar com segurança, a cooperação e solidariedade entre os componentes do grupo foi o ponto forte desta aventura.
Fizemos muitas fotos, pois a natureza naquele local é totalmente diferente de qualquer lugar que já tenha visto. –Parece outro planeta! Voltamos a Calama para jantar e no outro dia continuar a aventura pelo deserto.
Mario Vidal, Chile, Calama, 26 de janeiro de 2010
CUSCO DEPOIS DE MACHU PICCHU - 22 e 23/01
Depois que voltamos de Machu Picchu, exaustos, o tempo começou a andar lentamente em Cusco. A chuva chegou para ficar e antes da época. Normalmente a temporada de visitas a Machu Picchu se encerra em final de janeiro, a trilha inca para. No outro dia saímos cedo para visitar mais sítios arqueológicos com Bernabé, antes fomos em um mini zoológico onde pudemos conhecer de perto o puma e o condor, animais sagrados para os Incas.
Logo em seguida, fomos conhecer uma criação de camelídeos andinos que são a lhama, a alpaca, a vicunha e o guanaco. Batemos muitas fotos e aprendemos a diferenciar os bichos um do outro.
Seguindo caminho passamos por vários deslizamentos que interromperam alguns trechos da estrada. O tempo já estava começando a atrapalhar os turistas em toda redondeza de Cusco.
Seguimos um trecho a pé onde o ônibus não conseguiu ultrapassar as barreiras até as ruínas de Pisaq a 32 km de Cusco.
Para o almoço descemos até o povoado onde acontece a Feira de Pisac, grande feira de artesanato onde compramos muitos presentes para todos os amigos, pois fomos orientados pelos guias de que este seria o lugar mais barato para fazer compras.
Artigos de lã de alpaca, cerâmica e pedra. Não podíamos comprar madeira, sementes ou fibras naturais, pois não conseguiríamos entrar no Chile na volta com estes artigos. Depois das compras comemos empanadas feitas em uma fábrica “pra lá de rústica” do tipo insalubre mesmo, mas muito gostosas. Saimos de Pisaq e fomos a Olantaytambo a 78 km de Cusco, Imagem viva do planejamento urbano Inca com casas, terraços, templos, dutos de água e muralhas. Um complexo militar, religioso, agrícola e administrativo da época do Império Inca. Foi difícil subir até o alto onde ficava o templo, passamos por vários terraços e o movimento de turistas era novamente muito grande.O vento lá em cima estava muito forte.
Saimos das ruínas e seguimos para o ônibus em meio ao povoado que não parece ter avançado muito aos tempos modernos.
Seguimos então para Chinchero para encerrar nosso dia de passeios. Exaustos, não tínhamos muita vontade de subir mais ladeiras ou escadarias incas, alguns ficaram no ônibus e perderam de conhecer uma igreja incrível, extremamente rústica, mas imponente por suas imagens, pinturas e aparente fragilidade. Não parece possível que este templo construído sobre bases da arquitetura Inca resiste ao tempo, considerando o material usado na construção.
À noite participamos de um jantar com todo grupo em um restaurante chamado Don Antonio, onde experimentamos comidas típicas, grande variedade de saladas e doces e assistimos apresentações artísticas com grupos tradicionais de dança e música.
Provamos quy (porquinho da índia), alpaca e outros pratos exóticos. Dançamos um pouco e acabamos contagiando os franceses que estavam nas mesas próximas. Virou uma grande festa para todos.
No dia seguinte participamos de uma experiência de meditação com Xamã amigo de nossa guia que coordena um centro de xamanismo muito interessante em Cusco. Participamos da meditação e depois alguns compraram livros e mandalas.
Esta foi sem dúvida, uma experiência inesquecível. O efeito do som dos instrumentos, o ambiente fantástico e misterioso, a voz do Xamã e de sua esposa durante os cânticos, ficarão gravados para sempre em nossa mente.
Fomos depois conhecer o mercado público, local indescritível, com muitas frutas, artesanato, produtos típicos e muita comida feita na hora. Ninguém se arriscou a comer nada por ali. Fomos comprar camisetas nas lojas populares perto do Mercado Público, onde os preços eram bem convidativos. O movimento é alucinante.
Voltamos para a maravilhosa Praça de Armas onde almoçamos lanchinho da Bembo de novo e seguimos para o hotel. A Noite comemos em um outro restaurante que tem vista para a praça. Nosso jantar de despedida de Cusco, na saída trocamos os últimos Soles por Dólares, compramos lahche para a viagem e encerramos assim nossa maravilhosa estada nesta cidade cosmopolita cheia de vida.
Mario Vidal, Cusco, Peru, 23 de janeiro de 2010.
Logo em seguida, fomos conhecer uma criação de camelídeos andinos que são a lhama, a alpaca, a vicunha e o guanaco. Batemos muitas fotos e aprendemos a diferenciar os bichos um do outro.
Seguindo caminho passamos por vários deslizamentos que interromperam alguns trechos da estrada. O tempo já estava começando a atrapalhar os turistas em toda redondeza de Cusco.
Seguimos um trecho a pé onde o ônibus não conseguiu ultrapassar as barreiras até as ruínas de Pisaq a 32 km de Cusco.
Para o almoço descemos até o povoado onde acontece a Feira de Pisac, grande feira de artesanato onde compramos muitos presentes para todos os amigos, pois fomos orientados pelos guias de que este seria o lugar mais barato para fazer compras.
Artigos de lã de alpaca, cerâmica e pedra. Não podíamos comprar madeira, sementes ou fibras naturais, pois não conseguiríamos entrar no Chile na volta com estes artigos. Depois das compras comemos empanadas feitas em uma fábrica “pra lá de rústica” do tipo insalubre mesmo, mas muito gostosas. Saimos de Pisaq e fomos a Olantaytambo a 78 km de Cusco, Imagem viva do planejamento urbano Inca com casas, terraços, templos, dutos de água e muralhas. Um complexo militar, religioso, agrícola e administrativo da época do Império Inca. Foi difícil subir até o alto onde ficava o templo, passamos por vários terraços e o movimento de turistas era novamente muito grande.O vento lá em cima estava muito forte.
Saimos das ruínas e seguimos para o ônibus em meio ao povoado que não parece ter avançado muito aos tempos modernos.
Seguimos então para Chinchero para encerrar nosso dia de passeios. Exaustos, não tínhamos muita vontade de subir mais ladeiras ou escadarias incas, alguns ficaram no ônibus e perderam de conhecer uma igreja incrível, extremamente rústica, mas imponente por suas imagens, pinturas e aparente fragilidade. Não parece possível que este templo construído sobre bases da arquitetura Inca resiste ao tempo, considerando o material usado na construção.
À noite participamos de um jantar com todo grupo em um restaurante chamado Don Antonio, onde experimentamos comidas típicas, grande variedade de saladas e doces e assistimos apresentações artísticas com grupos tradicionais de dança e música.
Provamos quy (porquinho da índia), alpaca e outros pratos exóticos. Dançamos um pouco e acabamos contagiando os franceses que estavam nas mesas próximas. Virou uma grande festa para todos.
No dia seguinte participamos de uma experiência de meditação com Xamã amigo de nossa guia que coordena um centro de xamanismo muito interessante em Cusco. Participamos da meditação e depois alguns compraram livros e mandalas.
Esta foi sem dúvida, uma experiência inesquecível. O efeito do som dos instrumentos, o ambiente fantástico e misterioso, a voz do Xamã e de sua esposa durante os cânticos, ficarão gravados para sempre em nossa mente.
Fomos depois conhecer o mercado público, local indescritível, com muitas frutas, artesanato, produtos típicos e muita comida feita na hora. Ninguém se arriscou a comer nada por ali. Fomos comprar camisetas nas lojas populares perto do Mercado Público, onde os preços eram bem convidativos. O movimento é alucinante.
Voltamos para a maravilhosa Praça de Armas onde almoçamos lanchinho da Bembo de novo e seguimos para o hotel. A Noite comemos em um outro restaurante que tem vista para a praça. Nosso jantar de despedida de Cusco, na saída trocamos os últimos Soles por Dólares, compramos lahche para a viagem e encerramos assim nossa maravilhosa estada nesta cidade cosmopolita cheia de vida.
Mario Vidal, Cusco, Peru, 23 de janeiro de 2010.
MACHU PICCHU, O GRANDE DIA... 21/01
É chegado o grande dia de subir a montanha sagrada dos Incas. Levantamos muito cedo, pois a jornada seria muito longa.
Café da manhã antes das seis horas. Todos muito animados e prontos para enfrentar duas horas de ônibus pelos lindos vales saindo de Cusco.
Uma hora e meia de trem, e outro ônibus pequeno por quarenta minutos até a montanha.
Na estação do trem, comemos choclo que é um milho gigante, muito gostoso. –No meu tinha um bicho... -Tudo bém! Quem tá na chuva é pra se molhar mesmo!
Chegamos com chuva, mas nada era capaz de desanimar o grupo. Descemos do ônibus, cada um com sua mochila de lanche para o dia inteiro. Maquinas fotográficas, pilhas e muita água.
Entregamos os ingressos e fomos entrando sem poder enxergar o que estava por vir no caminho. Começamos a subir por uma trilha onde muitos cansaram e tiveram que diminuir a velocidade. Esqueci que tina joelho, perna ou pé. Só queria chegar lá em cima e ver...
Em meio à trilha no mato, finalmente uma clareira onde pudemos ver. Todos pararam e ficaram deslumbrados, outros encantados ou hipnotizados. Muitas fotos, muita alegria, a chuva ainda nos acompanhava e... lá vamos nós atrás da bandeirinha do Brasil com o Bernabé.
Subimos mais, para um patamar mais elevado e lá formamos um grande circulo para que o Padre Igino fizesse uma oração com o grupo. Emocionante!
O grupo se dividiu para que sete fossem fazer uma trilha com a Fabi. Saíram para subir outra montanha chamada Waina Picchu ou ao templo do sol. Seguimos e ouvimos por muito tempo as explicações de Bernabé e andamos rápido, muito rápido, pois hvia muito para conhecer. Muitos cansaram bastante das subidas e escadarias.
Até meio-dia, seguimos o guia e ouvimos explicações enquanto o tempo melhorava e a chuva dava lugar a um tempo nublado, mas com ótima visibilidade. As nuvens em Machu Picchu, às vezes encobrem as montanhas e ficamos literalmente “nas nuvens”. Parece um sonho.
Em alguns momentos, olhamos para nossos companheiros e eles parecem estar na beira do penhasco. E estão, mas quando nos aproximamos, também queremos chegar naquele ponto.
Fotografamos muito, descemos até o meio da antiga cidade onde conhecemos alguns templos, as antigas casas, os terraços e as fantásticas janelas.
A torre de babel é aqui. Ouvimos pessoas falando as mais diversas línguas e observamos pessoas dos mais longínquos países. Todos encantados e embriagados com a beleza e com a sensação de que este lugar não é um lugar comum, parece mágico e impossível de existir. Os Incas construíram tudo isto e provavelmente não imaginavam que se tornaria uma das maravilhas do mundo moderno, visitada por milhões de pessoas que buscam aqui um elo com o passado e com a essência do ser humano, a busca espiritual, o fascínio pela história do ser humano e pela sua capacidade criativa.
Incansáveis, visitamos cada canto, cada templo, cada cômodo, cada caminho, cada escada, apreciando todos os ângulos e procurando entender o que deve ter acontecido por ali.
Até os mais céticos tocavam com carinho as paredes de pedra procurando sentir a energia do lugar e receber uma resposta do que pode ter acontecido neste lugar mágico e misterioso, tentando descobrir o que a montanha e as pedras tinham para contar.
Algumas casas foram cobertas com telhado de palha como se supõe que pudessem ser originalmente.
As lhamas vivem soltas e livres por lá e de vez em quando se misturam com as pessoas passando pelos mesmos caminhos e causando uma ótima sensação. Sensação de que este lugar é de verdade.
Algumas fontes pelo caminho continuam brotando água cristalina gelada e pura das montanhas. Ninguém sabe de onde vem.
Nenhuma fotografia fará jus à grandeza de Machu Picchu. Você tem que vir e sentir pessoalmente. Nenhum relato escrito ou livro será fiel a sensação e ao encantamento que este lugar causa em nossa mente. –Venha e escreva sua história. Não deixe de vir.
Mario Vidal, Peru, Cusco, 21 de janeiro de 2010.
Obs. No dia seguinte os turistas que foram visitar Machu Picchu, inclusive os gaúchos que estava no mesmo hotel do nosso grupo, ficaram presos por um deslizamento de terra na linha férrea e não puderam nem chegar a montanha e nem voltar para Cusco. O único caminho é a estrada de ferro, o que fez com que muitos fossem resgatados de helicóptero.
foto enviada pela nossa querida guia da Galápagos Fabiane no dia 24/02
A chuva na região de Cusco e Águas Calientes causou vários danos e lamentamos muito por estas pessoas que além de passarem por um momento difícil, não conseguiram completar sua jornada. Muitos passaram fome, ficaram vários dias presos, dormiram nos vagões do trem, castigados pelo frio e sem saber como voltar para casa. Os helicópteros retiraram primeiro os Norte Americanos e Europeus, deixando por último os latinos, o que causou alguma indignação.
Café da manhã antes das seis horas. Todos muito animados e prontos para enfrentar duas horas de ônibus pelos lindos vales saindo de Cusco.
Uma hora e meia de trem, e outro ônibus pequeno por quarenta minutos até a montanha.
Na estação do trem, comemos choclo que é um milho gigante, muito gostoso. –No meu tinha um bicho... -Tudo bém! Quem tá na chuva é pra se molhar mesmo!
Chegamos com chuva, mas nada era capaz de desanimar o grupo. Descemos do ônibus, cada um com sua mochila de lanche para o dia inteiro. Maquinas fotográficas, pilhas e muita água.
Entregamos os ingressos e fomos entrando sem poder enxergar o que estava por vir no caminho. Começamos a subir por uma trilha onde muitos cansaram e tiveram que diminuir a velocidade. Esqueci que tina joelho, perna ou pé. Só queria chegar lá em cima e ver...
Em meio à trilha no mato, finalmente uma clareira onde pudemos ver. Todos pararam e ficaram deslumbrados, outros encantados ou hipnotizados. Muitas fotos, muita alegria, a chuva ainda nos acompanhava e... lá vamos nós atrás da bandeirinha do Brasil com o Bernabé.
Subimos mais, para um patamar mais elevado e lá formamos um grande circulo para que o Padre Igino fizesse uma oração com o grupo. Emocionante!
O grupo se dividiu para que sete fossem fazer uma trilha com a Fabi. Saíram para subir outra montanha chamada Waina Picchu ou ao templo do sol. Seguimos e ouvimos por muito tempo as explicações de Bernabé e andamos rápido, muito rápido, pois hvia muito para conhecer. Muitos cansaram bastante das subidas e escadarias.
Até meio-dia, seguimos o guia e ouvimos explicações enquanto o tempo melhorava e a chuva dava lugar a um tempo nublado, mas com ótima visibilidade. As nuvens em Machu Picchu, às vezes encobrem as montanhas e ficamos literalmente “nas nuvens”. Parece um sonho.
Em alguns momentos, olhamos para nossos companheiros e eles parecem estar na beira do penhasco. E estão, mas quando nos aproximamos, também queremos chegar naquele ponto.
Fotografamos muito, descemos até o meio da antiga cidade onde conhecemos alguns templos, as antigas casas, os terraços e as fantásticas janelas.
A torre de babel é aqui. Ouvimos pessoas falando as mais diversas línguas e observamos pessoas dos mais longínquos países. Todos encantados e embriagados com a beleza e com a sensação de que este lugar não é um lugar comum, parece mágico e impossível de existir. Os Incas construíram tudo isto e provavelmente não imaginavam que se tornaria uma das maravilhas do mundo moderno, visitada por milhões de pessoas que buscam aqui um elo com o passado e com a essência do ser humano, a busca espiritual, o fascínio pela história do ser humano e pela sua capacidade criativa.
Incansáveis, visitamos cada canto, cada templo, cada cômodo, cada caminho, cada escada, apreciando todos os ângulos e procurando entender o que deve ter acontecido por ali.
Até os mais céticos tocavam com carinho as paredes de pedra procurando sentir a energia do lugar e receber uma resposta do que pode ter acontecido neste lugar mágico e misterioso, tentando descobrir o que a montanha e as pedras tinham para contar.
Algumas casas foram cobertas com telhado de palha como se supõe que pudessem ser originalmente.
As lhamas vivem soltas e livres por lá e de vez em quando se misturam com as pessoas passando pelos mesmos caminhos e causando uma ótima sensação. Sensação de que este lugar é de verdade.
Algumas fontes pelo caminho continuam brotando água cristalina gelada e pura das montanhas. Ninguém sabe de onde vem.
Nenhuma fotografia fará jus à grandeza de Machu Picchu. Você tem que vir e sentir pessoalmente. Nenhum relato escrito ou livro será fiel a sensação e ao encantamento que este lugar causa em nossa mente. –Venha e escreva sua história. Não deixe de vir.
Mario Vidal, Peru, Cusco, 21 de janeiro de 2010.
Obs. No dia seguinte os turistas que foram visitar Machu Picchu, inclusive os gaúchos que estava no mesmo hotel do nosso grupo, ficaram presos por um deslizamento de terra na linha férrea e não puderam nem chegar a montanha e nem voltar para Cusco. O único caminho é a estrada de ferro, o que fez com que muitos fossem resgatados de helicóptero.
foto enviada pela nossa querida guia da Galápagos Fabiane no dia 24/02
A chuva na região de Cusco e Águas Calientes causou vários danos e lamentamos muito por estas pessoas que além de passarem por um momento difícil, não conseguiram completar sua jornada. Muitos passaram fome, ficaram vários dias presos, dormiram nos vagões do trem, castigados pelo frio e sem saber como voltar para casa. Os helicópteros retiraram primeiro os Norte Americanos e Europeus, deixando por último os latinos, o que causou alguma indignação.
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