Perdemos o sono durante a madrugada e levantamos bem cedo para tomar banho no chuveiro que não aqueceu. Eram 5 horas. Arrumamos tudo, descemos para o café que foi bastante animado para nossa surpresa, pois achamos que alguns reclamariam da noite anterior quanto tivemos problemas para conseguir o que comer.
Saímos cedo para enfrentar 600km até Arica no Litoral do Pacífico.
Tivemos alguma dificuldade para sair da cidade de Calama, pois era dia de eleição para presidente no Chile. passamos perto da maior mina de cobre do mundo Chuquicamata que significa ponta de lança de origem dos índios chuços. Chega a 3000 metros de altitude. Totalmente chilena.
Entramos na estrada Carretera Pan-americana que vem desde o Alasca, passando por 15 países até Puntarena que fica na Argentina. Seguimos em direção ao deserto do Atacama onde passamos pelo Oasis Quillagua que é enorme e tem plantações até de Oliva e plantas enormes chamadas Tamarugos utilizadas hoje no reflorestamento do deserto formando novos Oasis.
Passamos por alguns geoglifos, desenhos nas montanhas.
Onde passamos ocorrem tremores de terra diários, mas alguns imperceptíveis.
Passamos também por minas de salitre.
Uma parada em um posto de controle de cargas onde deixamos uma lista de passageiros. Tiramos foto na placa da Província de Tarapacá.
Legal desse grupo é que temos uma rádio itinerante feita pelos passageiros. Foi escolhido o nome Charrua Galápagos Mariotur e entra no ar quase todos os dias enquanto viajamos pelos trechos mais longos.
Até aqui foram dois programas e a fundação da rádio. Nossos radialistas são muito animados e engraçados. A Neila até fez um agradecimento na rádio para todos aqueles que ajudaram a me cuidar durante o “soroche”. Também falaram muitas piadas e anúncios engraçados.
Padre Edmundo fazendo a programação da rádio Charrua Galápagos Mario Tour
Passamos pela Reserva Nacional dos Tamarugos que é um parque gigantesco no meio do deserto com milhares de Tamarugos espalhados.
Após Almuerzo em Pouzo Almonte. Uma cidadezinha perdida no deserto onde as calçadas são cobertas para que as pessoas não peguem muito sol. Pelo aspectos dos telhados das casas não deve chover nunca por lá.
Enquanto procurávamos um restaurante aberto para almoçar, a dona de um deles nos abordou e foi muito convincente ao nos convencer a ficar e comer no seu estabelecimento onde de noite funcionava uma boate com luzes coloridas e piscantes. “Muito suspeito”.
Igraja feita de madeira em Pouzo Almonte
Comemos carne, massa com um tipo de pesto, saladas, arroz. O nosso almoço saiu por 5000 Pesos Chilenos. Muito menos do que pagamos pelo creme de aspargos e sanduiche em Calama. Interessante foi que enquanto comíamos, mais pratos chegavam lá de baixo, e o bifê ia se reforçando.
Passamos pelos Geoglifos de Maltita que são desenhos feitos nas montanhas e que são estudados por algumas universidades.
Passamos por um lugar chamado Chiza que é um trecho onde a estrada passa acima de um penhasco imenso, no lado direito do nosso ônibus onde nos sentimos realmente muito pequenos diante da imensidão da natureza. Os passageiros do lado esquerdo como nós dois levantaram todos para observar e fotografar, embora não seja possível para nossas câmaras captar a dimensão desta paisagem. A sensação que se tem em lugares como este é que o ônibus está voando, pois muitas vezes não enxergamos o acostamento ou a estrada, parecendo que estamos voando em meio as montanhas.
Mais para frentes dava para ver que lá embaixo tinham plantações e moradias.
Chegamos em Arica, cidade portuária bem grande e movimentada. Hotel El Paso é maravilhoso. Um hotel de praia, onde os quartos ficam todos no mesmo nível ao redor da piscina. Muito confortável e acolhedor. Restaurante legal, salão de beleza, bar, computadores na sala de espera para internet.
Entramos no quarto, deciframos o ar condicionado, fomos ao banheiro, pegamos o que precisávamos para poder sair e aproveitar o resto da tarde.
Chamamos um taxi e combinamos um passeio por 5000 pesos (10 dólares ou 18 Reais). Fomos ao Iate Clube que era uma ilha natural que foi ligada à praia artificialmente com aterro. Descemos nas pedras e molhamos as mãos na água gelada do pacífico onde algumas pessoas se banhavam e muitos surfistas se divertiam. Fomos a outra praia, muito bem estruturada, com um mirante legal onde nosso simpático motorista bateu fotos de nós dois. Depois fomos a outra praia que era mais popular onde tudo era muito colorido, lotado de pessoas e guarda-sóis. Seguimos em direção ao Morro de Arica, passando por uma outra praia mais popular ainda, onde as pessoas acampam na beira do mar e ficam todo período de férias.
O morro é bem grudado na cidade e de lá a vista é fantástica. Tanto do mar, quanto da cidade e do pro do sol no Pacífico. No caminho o taxista nos deu uma aula sobre uma ilha natural que já foi engolida pelo oceano e onde foi construído o quebra-mar, nos mostrou restaurantes caros, falou sobre os núcleos habitacionais construídos pelo governo para as pessoas mais pobres e nos falou sobre a política e as eleições para presidente.
Era dia de eleições presidenciais no Chile. O motorista era partidário da atual presidente Michele que teve seu partido derrotado pelo de direita. O novo presidente se chama Sebastian Piñera.
Ficamos no alto do morro onde encontramos todo nosso grupo. Lá em cima, uma grande estatua do Cristo da Paz que é um símbolo de paz com o Peru depois de uma guerra que aconteceu entre os dois países por questões territoriais. Uma bandeira chilena gigantesca. Muitos canhões no alto do morro.
A Fabi fez inspiradas fotos dos integrantes do grupo que curtiam a brisa e o sol se pondo no Pacífico.
Ficamos batendo fotos, esperando o por do sol e nos deliciando com a vista.
La em baixo já se ouvia as buzinas da carreata de comemoração pela vitória do Presidente Piñera. Descemos do morro pela imensa escadaria até La Peatonal (calçadão) onde não encontramos nada aberto em função das eleições. Decidimos jantar no hotel.
No hotel tomamos banho e fomos jantar no restaurante. Muito bonito e aconchegante. Sentamos com dois casais do nosso grupo, muito simpáticos e agradáveis. Pedimos Salmão e uma salada. O salmão era assado, coberto de um vinagrete com ervas finas e com uma folha de repolho por cima com molho branco e a salada era muito colorida com lechuga, tomate, abacate, palmito, azeitonas pretas, aipo, vagem verde, queijo, presunto e aspargos verdes. Na hora de pedir a conta demorou muito para vir e quando chegou, tivemos que pedir para separar os valores e daí demorou mais ainda.
Fomos para o quarto, a internet não funcionou, então fomos para o saguão onde encontramos o padre Igino, o padre Edmundo e o Marcelo lá de Bento. Esperamos uma vaga e mandamos e-mail para os amigos. Não consegui enviar fotos pro Orkut.
Enquanto estávamos na intrnet, Nossa guia voltou do hospital onde havia levado uma das nossas amigas do grupo, a Josi que teve passagem de pedra.
Pregados, fomos dormir bem tarde para acordar às 6 horas no dia seguinte.
Arica, Peru, domingo, 17 de janeiro de 2010, 23h e 50.
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