DUAS GRANDES VIAGENS

Na verdade este blog não é o relato de uma viagem ao Peru, mas de duas jornadas inesqueciveis a este país mágico e misterioso.
Em 2010, pacote de viagem de ônibus saindo do RS, passando pelo norte da Argentina, norte do Chile e sul do Peru até Cusco.
Em 2011, mochila nas costas, ônibus até a fronteira em Corumbá no Mato Grosso do Sul, Bolívia de trem e ônibus até La Paz e depois mais ônibus até Cusco no Peru.
Nas duas vezes fomos a Machu Picchu de trem como destino final.




NAVEGAÇÃO NO BLOG

Para melhor compreensão da sequência dos relatos de viagem, clique nos títulos das postagens na coluna da esquerda, por ordem de data, pois as postagem são feitas em sequência cronológica, deixando os textos em ordem inversa.

Ao chegar no final de cada postagem, escolher outro título ou clicar em postagens mais antigas.

DE VOLTA AO CHILE - 24, 25 e 26/01

Deixamos Cusco cedinho, e partimos em direção de Arequipa no sul do Peru, segunda maior cidade do país. Levamos no ônibus um amigo chamado Juan, músico, psicólogo, educador e guia de turismo.



Ele nos contou um pouco de sua história de vida e tocou charango e flauta ao mesmo tempo. Muito legal!



Neilinha experimentando uma flauta feita de osso de lhama que foi o primeiro instrumento musical que o Juan ganhou de seu avô.
Neve pelo caminho novamente, temperaturas de dois graus negativos. As casinhas cobertas de branco.



Tínhamos planejado um piquenique pelo caminho, mas o frio e o vento fizeram com que o lanche fosse no ônibus. Foi legal mesmo assim.



Paramos em um lago imenso e lindo para tentar o piquenique, mas não deu. Até os Peruanos que tentavam vender seu artesanato desistiram de ficar ali.



A neve se intensificou e só foi parar quando começamos a descer os Andes.
Arequipa é uma cidade muito diferente, a periferia é muito pobre e sem cor, todas as casas parecem ser feitas de barro, tudo marrom da mesma cor do deserto peruano nessa região. Utiliza-se muita pedra vulcânica nas construções deste lugar.



Chegamos no hotel e logo saímos para conhecer um pouco desta cidade enigmática, fomos a praça de armas que é considerada a mais bonita do Peru. Realmente lindíssima, mas para mim Cusco imbatível. Conhecemos a igreja, assistimos ao arriamento da bandeira que é levado muito a sério por aqui, fizemos um lanche e fomos para o hotel.



O hotel era simples, mas muito convidativo e aconchegante, La Casa de mi Abuela. O café da manhã foi ao ar livre com direito a presença de passarinhos e o restaurante onde jantamos ficava dentro de uma antiga igrejinha que faz parte da propriedade.



Saímos de Arequipa e fomos em direção à fronteira entre Peru e Chile. Sabíamos que não seria fácil atravessá-la, pois muitos colegas de grupo haviam comprado artefatos de madeira proibidos na aduana chilena e uma das passageiras estava sem os documentos, pois havia sido roubada em Cusco.



Passamos depois de alguma espera pelas duas fronteiras e chegamos em Arica em tempo de ver novamente o por do sol no Oceano Pacífico, desta vez de dentro do ônibus.
Jantamos em um barzinho no calçadão de Arica, bebemos Ariquenha, a cerveja local e fomos muito bem atendidos por um garçom que pedia que ensinássemos Português a ele.



Na mesma noite saímos em direção a Calama, passamos a noite no ônibus e chegamos lá de manhã cedo, ficamos no hotel descansando um pouco, o mesmo hotel em que pernoitamos na ida e depois saímos em direção de San Pedro de Atacama, onde almoçarímos para depois seguir para o Vale de La Luna.



San Pedro de Atacama, é uma pequena cidade no meio do deserto do Atacama que lembra o velho oeste, porém cheia de mochileiros e turistas estrangeiros que chegam lá atraídos pela aventura no deserto mais seco do planeta, o céu mais limpo para observações astronômicas, e pelas belezas naturais e únicas do local. Mesmo sendo isolada e pacata, San Pedro de Atacama tem restaurantes com alto nível, a comida é muito gostosa e cara.



No Valle de La Luna, fizemos várias paradas, uma delas para entrar com todo grupo em um túnel natural entre as pedras do deserto. Foi radical! Todos conseguiram atravessar com segurança, a cooperação e solidariedade entre os componentes do grupo foi o ponto forte desta aventura.



Fizemos muitas fotos, pois a natureza naquele local é totalmente diferente de qualquer lugar que já tenha visto. –Parece outro planeta! Voltamos a Calama para jantar e no outro dia continuar a aventura pelo deserto.



Mario Vidal, Chile, Calama, 26 de janeiro de 2010

Um comentário:

Débora disse...

Nossa, essa viagem deve ter sido muito legal, pelas fotos a gente vê que foi bem divertida, as fotos ficaram muito show,Abraços Débora Paiva