Deixamos Cusco cedinho, e partimos em direção de Arequipa no sul do Peru, segunda maior cidade do país. Levamos no ônibus um amigo chamado Juan, músico, psicólogo, educador e guia de turismo.
Ele nos contou um pouco de sua história de vida e tocou charango e flauta ao mesmo tempo. Muito legal!
Neilinha experimentando uma flauta feita de osso de lhama que foi o primeiro instrumento musical que o Juan ganhou de seu avô.
Neve pelo caminho novamente, temperaturas de dois graus negativos. As casinhas cobertas de branco.
Tínhamos planejado um piquenique pelo caminho, mas o frio e o vento fizeram com que o lanche fosse no ônibus. Foi legal mesmo assim.
Paramos em um lago imenso e lindo para tentar o piquenique, mas não deu. Até os Peruanos que tentavam vender seu artesanato desistiram de ficar ali.
A neve se intensificou e só foi parar quando começamos a descer os Andes.
Arequipa é uma cidade muito diferente, a periferia é muito pobre e sem cor, todas as casas parecem ser feitas de barro, tudo marrom da mesma cor do deserto peruano nessa região. Utiliza-se muita pedra vulcânica nas construções deste lugar.
Chegamos no hotel e logo saímos para conhecer um pouco desta cidade enigmática, fomos a praça de armas que é considerada a mais bonita do Peru. Realmente lindíssima, mas para mim Cusco imbatível. Conhecemos a igreja, assistimos ao arriamento da bandeira que é levado muito a sério por aqui, fizemos um lanche e fomos para o hotel.
O hotel era simples, mas muito convidativo e aconchegante, La Casa de mi Abuela. O café da manhã foi ao ar livre com direito a presença de passarinhos e o restaurante onde jantamos ficava dentro de uma antiga igrejinha que faz parte da propriedade.
Saímos de Arequipa e fomos em direção à fronteira entre Peru e Chile. Sabíamos que não seria fácil atravessá-la, pois muitos colegas de grupo haviam comprado artefatos de madeira proibidos na aduana chilena e uma das passageiras estava sem os documentos, pois havia sido roubada em Cusco.
Passamos depois de alguma espera pelas duas fronteiras e chegamos em Arica em tempo de ver novamente o por do sol no Oceano Pacífico, desta vez de dentro do ônibus.
Jantamos em um barzinho no calçadão de Arica, bebemos Ariquenha, a cerveja local e fomos muito bem atendidos por um garçom que pedia que ensinássemos Português a ele.
Na mesma noite saímos em direção a Calama, passamos a noite no ônibus e chegamos lá de manhã cedo, ficamos no hotel descansando um pouco, o mesmo hotel em que pernoitamos na ida e depois saímos em direção de San Pedro de Atacama, onde almoçarímos para depois seguir para o Vale de La Luna.
San Pedro de Atacama, é uma pequena cidade no meio do deserto do Atacama que lembra o velho oeste, porém cheia de mochileiros e turistas estrangeiros que chegam lá atraídos pela aventura no deserto mais seco do planeta, o céu mais limpo para observações astronômicas, e pelas belezas naturais e únicas do local. Mesmo sendo isolada e pacata, San Pedro de Atacama tem restaurantes com alto nível, a comida é muito gostosa e cara.
No Valle de La Luna, fizemos várias paradas, uma delas para entrar com todo grupo em um túnel natural entre as pedras do deserto. Foi radical! Todos conseguiram atravessar com segurança, a cooperação e solidariedade entre os componentes do grupo foi o ponto forte desta aventura.
Fizemos muitas fotos, pois a natureza naquele local é totalmente diferente de qualquer lugar que já tenha visto. –Parece outro planeta! Voltamos a Calama para jantar e no outro dia continuar a aventura pelo deserto.
Mario Vidal, Chile, Calama, 26 de janeiro de 2010
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Um comentário:
Nossa, essa viagem deve ter sido muito legal, pelas fotos a gente vê que foi bem divertida, as fotos ficaram muito show,Abraços Débora Paiva
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